Dia 16/04/2022 quando passei em frente da Cobasi vi uma barriga enorme roncando, sim o Sr. Torresmo e sua trupe tinham saqueado um pacote de ração e estava lá desmaiado. Vi aquela coisinha quietinha ali e pedi para pegar, em meus braços ele abriu os olhinhos e me lambeu. Me lembro de olhar para as meninas da ONG Patinhas Unidas e já falar “esse é meu”. Embora poucos soubessem da vontade que tinha há mais de 2 anos, até talvez por uma falta de conhecimento cheguei por vezes a cogitar a compra, embora o receio de “comprar uma vida” me incomodasse muito.
Me lembro dos nossos primeiros dias, tudo eu corria para as meninas da ONG e perguntava, eu não entendia nada de cachorro, mas uma coisa eu entendia, AMOR, e entendi também que essa é mesmo uma linguagem universal e assim fomos nós entendendo dia a dia.
Costumo falar que tive muita sorte com o Torresmo, a adaptação para nós dois aconteceu de forma muito rápida, como todos me faziam medo sobre destruir casa etc., no primeiro momento já pesquisei tudo para evitar aborrecimentos e de fato, quando estamos dispostos a FAZER DÁ CERTO o resultado vem!
Eu poderia falar por linhas e linhas todos os benefícios que tive com a chegada do Torresmo, mas vou limitar ao que para mim foi o mais importante. Às vezes quando temos uma vida muito dinâmica, moramos sozinhos e observamos tantas crueldades no mundo nos tornamos pessoas mais frias, mais racionais… O Torresmo desperta sentimentos que estavam adormecidos e só com a chegada dele me dei conta que ainda os tinha.
For fim, uma coisa é certa, realmente não se compra vidas em um mundo onde podemos GANHAR AMOR.
